Astrônomos fizeram um avanço na busca por mundos distantes — confirmando não um, mas quatro exoplanetas rochosos orbitando a Estrela de Barnard, a estrela solitária mais próxima da Terra, a pouco menos de seis anos-luz de distância.
Esta descoberta, liderada por Ritvik Basant da Universidade de Chicago, não apenas valida um planeta previamente suspeito, mas também revela três mundos inteiramente novos — todos menores que a Terra.
A Estrela de Barnard, uma anã vermelha fraca, tem sido um alvo principal para caçadores de exoplanetas por muito tempo devido à sua proximidade. Embora Proxima Centauri seja tecnicamente a estrela mais próxima do Sol, ela pertence a um sistema de múltiplas estrelas. Em contraste, a Estrela de Barnard é a estrela única mais próxima, tornando-a um laboratório ideal para estudar sistemas planetários ao redor de anãs vermelhas solitárias — o tipo mais comum de estrela em nossa galáxia.
Detectar esses pequenos planetas não foi uma tarefa fácil. Ao contrário de muitas descobertas de exoplanetas, eles não transitam por sua estrela, o que significa que os astrônomos não conseguiram localizá-los observando quedas periódicas no brilho. Em vez disso, a equipe confiou em medições de velocidade radial — uma técnica que detecta pequenas oscilações no movimento da estrela causadas pela atração gravitacional de planetas em órbita.
Ao longo de três anos e 112 noites de observações usando o instrumento MAROON-X no telescópio Gemini North no Havaí, cientistas descobriram quatro novos mundos:
🔸 Barnard b: 0,3 massas terrestres, órbita de 3,2 dias
🔸 Barnard c: 0,34 massas terrestres, órbita de 4,1 dias
🔸 Barnard d: 0,26 massas terrestres, órbita de 2,3 dias
🔸 Barnard e: 0,19 massas terrestres, órbita de 6,7 dias
Embora esses planetas estejam muito próximos da Estrela de Barnard para sustentar vida — provavelmente experimentando temperaturas escaldantes — sua descoberta destaca quantos planetas pequenos e rochosos podem estar lá fora, esperando para serem encontrados.
Mais notavelmente, Barnard e agora detém o recorde como o exoplaneta mais leve já descoberto usando velocidade radial, provando que mesmo os menores mundos podem ser detectados com a tecnologia de hoje. Com essa descoberta, os astrônomos se aproximam de responder a uma das maiores questões do universo: quão comuns são os planetas semelhantes à Terra?
No comments:
Post a Comment